Custava-se a crer que em priscas eras o mundo fosse ocupado somente por monstros carnívoros como o tiranossauro, pterodátilo e outros répteis da pior qualidade, colocando em dúvida onde encaixar Deus como o Criador dessas criaturas desalmadas e insensíveis. Até que os paleontologistas, seus fiéis servos, formularam a hipótese de que a espécie mais antiga de pterossauro voador e frugívoro (comedor de frutas), com idade aproximada de 128 milhões de anos, foi o principal dispersor de vegetais com flor e fruto no mundo, facilitado por ter nascido sem dentes, ao levar no bico a semente da Natureza por tudo quanto é lugar onde voava. Gerando a floração que nos embasbaca até o dia de hoje, mas inexistente no passado. Se levarmos em consideração que os pterossauros não eram dinossauros, mas procediam do mesmo antepassado, com cada um seguindo seu caminho evolutivo, e foram os primeiros vertebrados que tão somente aprenderam a voar, para posteriormente perderem o dom, legado aos pássaros, e se tornarem animais que apenas rastejavam, o mistério e a genial imaginação fazem parte da Criação, desde os primórdios. Se cotejarmos com o homem, que ainda não aprendeu a voar por sua própria conta e, como o único animal racional, ser implacável com os seus semelhantes, ao contrário da grande maioria dos chamados irracionais, o que se espera de nós é um mundo menos brutal, violento e assassino, avesso a guerras e confrontos fratricidas – sai Líbia, entra Síria. Não sairemos do impasse criado para humanizar o meio ambiente e vencer a barbárie dos tempos jurássicos, se continuarmos a implodir a Torre de Babel, quantas vezes forem necessárias.
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