O que a mulher não sofreu para chegar liberada aos tempos atuais!
Como parâmetro, a matemática alemã, Emily Noether, nascida em 1882. Naquele tempo, era proibido à mulher cursar universidades e muito menos ser professora nessas instituições. Oriunda de uma família de matemáticos (seu pai e seu irmão), coube a Emily apenas estudar, inglês, francês e piano, sem ela jamais dar atenção a trabalhos domésticos. O que não a impediu de enveredar pela álgebra abstrata e aplicar suas equações no universo ao seu redor. E de frequentar as aulas como ouvinte, saindo-se tão bem nos exames finais que acabou obtendo um título equivalente ao de bacharel, a ponto de, em seguida, concluir um doutorado com brilhantismo.
Nem assim seus mentores do sexo masculino conseguiram arranjar-lhe trabalho em faculdade, obrigando-os ao expediente de convidá-la como palestrante para expor sua paixão pela invariância matemática. Mesmo manipulados de diferentes maneiras, os números se mantêm constantes. O formato e o raio da órbita planetária podem mudar, mas a atração gravitacional que mantém ligados uma estrela e seu planeta permanece a mesma.
Tudo a ver com a fidelidade de Noether à matemática e pouco se saber sobre as dificuldades que enfrentava por ser mulher ou sobre sua vida afetiva ou emocional, o que pesou em seu teorema sobre o qual toda a física moderna é construída: onde quer que encontremos na Natureza algum padrão de previsibilidade, tipo de simetria ou de partes homogêneas, encontraremos também uma medida correspondente que as conserve. A ressaltar a mais profunda ligação entre tempo e energia, ao tempo guardar uma simetria diretamente relacionada à noção de conservação da energia, a ratificar que a energia não pode ser nem criada nem destruída, mas apenas mudar de forma.
Espiritualmente falando, um espírito não pode nascer nem morrer, apenas mudar sua forma de atuar ao reencarnar e manifestar-se com mais intensidade aprimorando seu caráter. Descobrindo-se, renascendo para entrar pela porta da frente do Plano Espiritual, quando chegar a hora da grande viagem.
Sendo judia, Emily Noether foi uma das primeiras forçadas a deixar a Alemanha logo no início da ascensão do nazismo ao poder, em 1933. Com a ajuda de Einstein, consegue ser professora na Universidade de Bryn Mawr, nos EUA, onde se sentiu mais acolhida e valorizada como nunca antes fora no Velho Continente. A alegria durou pouco. Morreu 18 meses depois, aos 53 anos, sem ter sido reconhecida por descobrir o profundo elo entre a geometria implícita do Universo e o comportamento da massa e da energia que tornam o Universo em Nosso Lar.
Deixe um comentário