O ministro Joaquim Barbosa também acha risível o sistema judicial brasileiro, conforme leu no “New York Times”, jornal que faz questão de ler todo dia. O ilustrado juiz orgulha-se de conhecer a realidade nórdica como ninguém e de não baratear a corrupção, em virtude das penas se tornarem inúteis pela possibilidade de progressão prevista na legislação brasileira, segundo o critério de não manter os presídios cheios sustentando aqueles mequetrefes. Como todo bom cristão e espiritualista, o Brasil perdoa tudo e a todos. Mas, em compensação, prima pela impunidade. Embora tenha um juiz como JB que funciona como promotor e deus que fixa penas estratosféricas completamente fora da realidade brasileira, cujo somatório fica bem acima do máximo permitido – 30 anos. Alegando que está apenas se defendendo de Lewandowski, cuja tática é plantar neste momento o que vai colher daqui a pouco, ou seja, livrar José Dirceu da cadeia. Quando parte-se da causa primeira de que na Suprema Corte ninguém advoga para ninguém: em princípio, todo mundo é juiz. Depois ainda dizem que o julgamento não é político.
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