Os marineros (adeptos da Marina) estão começando a demonstrar que não são de direita ou de esquerda, mas que se julgam à frente. Guardam um paralelo, nesse aspecto, com os fervorosos fãs do Gabeira. Por isso, ambos trocam figurinhas animadamente. Não se preocupam em perder amigos no Facebook, a tribuna da democracia, por se acharem na vanguarda. Atribuem as perdas por menosprezo ao pensamento político em defesa de Marina e à ofensa sobre a sua escolha. Em ambos os casos, interpretam como intolerância dos contrários, quando o que se discute é política ou o que a REDE (o partido de Marina que não quer ser conhecido como partido), além da ecologia, pretende fazer para substituir o modelo atual para garantir governabilidade no Congresso sem se render aos corruptos – para não serem vinculados aos delírios do Collor, ou mesmo de Jânio Quadros. Como se bastam munidos de boas intenções e arquitetos de brilhantes ideias, comportam-se com infantilidade quando contestam seus propósitos ainda não muito bem fundamentados. Por lhes faltar força de argumentação, é o suficiente para tirá-los do racional, de que tanto se orgulham, e, aí, não ter papo. A tendência deles é a de seguir a coluna do meio, desprezando os adjetivos considerados ofensivos que antecedem os argumentos, do tipo intelectualoides de esquerda, os ladrões do PT, os imbecis dos tucanos. Para ficar bem com todos (PT e PSDB, basicamente) e conquistar seus votos com esse discurso rastaquera de bom moço. Focados no alto astral, importam-se, de fato, é com a energia bacana que sempre deve rolar num partido, mesmo que vá se restringir às redes sociais. Quer coisa mais vazia e destituída de qualquer consistência política?
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