Pautados por métodos nazistas, um corredor polonês foi formado por médicos cearenses para vaiar e xingar especialmente os médicos cubanos, que vieram para cuidar da população de municípios extremamente pobres aonde nenhum médico brasileiro se prontificou a atender. Xenofobia, truculência, racismo e sobretudo preconceito ao chamá-los de escravos e mandando-os voltar para a senzala. Cuba seria a Casa Grande e Fidel Castro, o senhor de engenho. É exatamente a mesma discriminação constatada em quem torce o nariz para a mobilidade e elevação dos padrões econômicos na base da população brasileira. Não basta só aumentar o nível de instrução do brasileiro, se com nível superior os graduados pensam que é uma questão de nível para estabelecer diferenças entre seres humanos, quando são completamente tapados e trogloditas a respeito de história, política e diplomacia os que assim agem. Ninguém segura mais o que, no fundo, é um renovado confronto entre ricos e pobres no programa Mais Médicos. Sobrou bala de borracha pra tudo quanto é lado – não mata, mas machuca, por vezes, seriamente. A classe médica está sendo atingida pela ação de uma minoria caquética e energúmena, enquanto a maioria carente aguarda com ansiedade que esse reforço médico engrosse. Estranha-se que ainda não tenha havido manifestações em apoio à chegada dos médicos estrangeiros com a exigência de convocar mais outros tantos, pois saúde era a reivindicação das mais frequentes nos protestos. Estranha-se não, desconfia-se por que não houve quebradeira e a ênfase remanescer no mantra “Onde está Amarildo?”. Ou isso não vem de encontro aos interesses de quem já tem plano de saúde? Ou convém ficar no prejuízo para gerar violência? Olha o foco!
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