O que está por detrás da notícia em rápidas palavras
NÃO VAMOS NOS PERDER COM POSTURA FUNDAMENTALISTA
O hipócrita do Gilmar Mendes imediatamente se retirou do plenário logo que se apercebeu que o voto de Celso de Mello iria pegá-lo na mentira: o Congresso não quis extinguir peremptoriamente os embargos infringentes ao tempo em que ele era auxiliar de FHC em seu governo, preferindo deixar vaga a questão. Os enlutados adoram se fazer de enganados e de vítimas, chorando pitangas, por não conseguirmos no Brasil deixar um legado decente para os nossos descendentes – sei! Quando não haverá novo julgamento, apenas resguardado o direito de defesa e assim mesmo nos quesitos lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, cuja contagem decisória foi apertada, transparecendo dúvida. Nem com o escolhido relator Fux o processo eternizar-se-á, em vista dele só ter condenado menos do que Joaquim Barbosa e, como ministro novato, irá zelar pela imagem da instituição cujas cores defende. Os réus podem ter a pena reduzida mas não serão absolvidos de todos os crimes. E aí é que mora o perigo. Basta que os ministros Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso modifiquem o regime fechado de prisão de José Dirceu para aberto, que os enlutados não os perdoarão. Quando Direito é interpretação, pois se Zavascki e Barroso foram indicados por Dilma, Fux também o foi. E o que não dizer, então, do Joaquim Barbosa, indicado por Lula? Ou Celso de Mello agora vai se equivaler ao Lewandowski? Não vamos nos perder com postura fundamentalista, pautando juízes supremos só porque se afastaram das paixões exacerbadas das multidões. Se pudessem, julgariam no lugar dos magistrados com maior rapidez e elevado senso de justiça.
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Antonio
Carlos Gaio
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