Nem toda chuva é lúgubre, feia, fechada, inóspita. Há quem ame, e muito bem, sob o ruído dela. Por não se assustar com o que vem por aí e se molhar toda. Abrindo caminho para quem desbastar os grossos pingos dágua, que não chegam a machucar nossos rostos, ao contrário, abrem os olhos para quem se aproxima no meio da chuva. Mal podendo divisar essa face indômita, mas com uma alma que trespassa a chuva e a beija num rompante. O beijo molhado que veio trazido pela chuva para afastar os maus espíritos, o pessimismo. Injustamente associado à chuva. Bem-te-vi canta ao longe!
Deixe um comentário