O que está por detrás da notícia em rápidas palavras
MARINA QUER SE MANTER PURA
Antes de acasalar seu partido com o de Eduardo Campos, Marina vinha com um discurso de pôr fim à velha República e em suas práticas corruptas que estavam impressionando e repercutindo no seio da classe média particularmente – vai que fosse verdade. Só que os ecologistas, sua real origem, não toleram a raça dos Caiado e do agronegócio, por terem conseguido fazer a transição da má fama de fazendeiros, herdeiros da reputação dos senhores de engenho, para o agronegócio, responsável por mais de 30% do PIB e por anexar o Paraguai ao nosso mundo dos negócios. Eduardo Campos vinha fazendo alianças pragmáticas com todos os partidos, da direita à esquerda, mas Marina ignorou esse aspecto ao se casar com o pernambucano, achando que podia torcer a porca pelo rabo com o seu tal do programático. Mas a ecochata não se conteve ao se lembrar de seu passado de esquerda e, em ato reflexo, que Caiado é inimigo histórico dos trabalhadores rurais. Fazendo essa confederação de latifundiários se indignar e abraçar de vez a candidatura de Aécio, como se o tivesse abandonado. Resultado: Eduardo Campos vai ter de resolver se fica coerente com o passado de seu avô Arraes ou se amasia com o PSDB e a mídia para destruir a hegemonia de Lula. Com a Marina de vice e de chicote na mão, pronta para lhe aplicar umas vergastadas se insistir no rumo oportunista que vinha adotando. Do que Marina tem mais medo é de reproduzir o pragmatismo no que se tornou Lula. Persegue a ilusão de que não vai se corromper com o poder; manter-se-á pura.
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Antonio
Carlos Gaio
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