Há os que defendem, como consequência benéfica do julgamento do mensalão, a extirpação do PT do cenário político, enquanto outros julgam que inibirá a propensão à corrupção com base nas assustadoras penas desproporcionais lavradas contra os condenados. O primeiro grupo, completamente irrelevante, comprime-se todo para segurar um desarranjo estomacal de indignação ao constatar que o julgamento não influencia o voto do eleitor, em virtude do povinho optar por demagogos em detrimento de candidatos honestos (os seus), senão nostálgicos de uma ditadura que não dava guarida ao esquerdismo populista por ardilosamente confundi-lo com comunismo – derrotado e extinto seu inimigo, a falácia do anticomunismo também foi pro espaço sideral. O segundo grupo é formado por ingênuos que acreditam em castigo exemplar, graças à lavagem cerebral promovida pela mídia, crendo na cadeia como o passo mais acertado para aperfeiçoar a democracia. Surpreendem-se quando o procurador do Ministério Público Federal (órgão considerado acima de qualquer suspeita), Rodrigo De Grandis, pôs 10 ofícios numa gaveta errada, originados da Suíça e relacionados à corrupção no metrô paulista durante seguidos governos tucanos, contendo uma lista secreta de nomes de autoridades públicas, lobistas e empresários que teriam irrigado o propinoduto tucano, engavetando a investigação por 3 anos. Deixam-se cegar por cortinas de fumaça que vão até o Panamá, pelas denúncias sobre dossiês que não existem e pela cara de garoto que se intitula De Grandis, clonando Geraldo Brindeiro, conhecido como engavetador-geral da República, em defesa dos tucanos.
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