Não se pode ceder perante a dificuldade. Desistir sem avaliar a questão é perder a batalha sem a ter enfrentado. Os obstáculos aparecem para sermos testados e não pormos a carroça à frente dos cavalos. Muito frequentemente, o obstáculo e a dificuldade não correspondem à realidade segundo a primeira impressão ou, pelo menos, não tão ameaçadores. Mesmo que confirmem o que deles se vê ou o que sinalizam, não serão tão impeditivos conforme se imagina. Mas para avaliar de verdade, só após o enfrentamento.
Se vier a vitória, não deve ser encarada como um grande triunfo, e sim um aprimoramento na forma de lidar com a situação. Caso não tenha se saído bem, não considere como uma derrota, e sim um modo como não se deve abordar o problema. Não meça como pequeno ou grande insucesso, pois a conquista virá com o esforço de prosseguir sem desfalecimento, sendo necessário, por vezes, segurar o passo para refletir e recuar, se for o caso, para reagrupar e renovar forças. Um passo atrás e dois à frente significa avançar sempre.
A boa estratégia recomenda sacrificar eventuais ganhos e perder agora, geralmente de pequena monta, para galgar degraus e atingir patamares permanentes, cujo valor expressivo só se nota quando o espírito fica em paz, libertado da angústia, e o coração se enternece. Mais próximo de Deus, quando conseguiu se desarmar da descrença, que lhe propiciava uma falsa impressão de ser forte com sua ironia e inteligência, a duvidar de tudo na caça de incertezas, julgando a fé um delírio fanático. Retardando o contato com sua essência mais pura, que o fez desperdiçar momentos divinos que, sob a visão terrena, bem poderiam ser taxados de derrota, se Lá não houvesse amor e perdão em dose suficiente para acolhê-lo de alma aberta.
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