Às vezes me pergunto:
Por quê? Pra quê?
Pra que tanta dor no viver?
Isso faz parte do crescer?
Sabe? Eu não sei você,
Mas eu, às vezes, tenho vontade
De chutar tudo pro alto.
De mandar tudo e todos à merda,
Mesmo sabendo que isso não
Adiantaria nada,
Pelo contrário, só pioraria minha situação,
Mas aí paro e penso
E vejo que a nossa reação
Aos problemas
É um dos nossos maiores dilemas,
Um grande e danado teste de vida,
E então, mesmo fudida,
Cultivo a esperança
Como criança que dança
Em frente ao espelho.
Mas sabe?
Isso às vezes cansa.
E, no meio da dança,
A gente para, a gente chora,
Até botar tudo de ruim pra fora.
Até a dor ir embora.
E depois a gente volta,
Esquece a revolta.
A gente se solta num sorriso
E volta a fazer o que é preciso.
Acaso viver não é isso?
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