Para quem torcer? Pela Alemanha ou Argentina para ser campeã do mundo? O torcedor argentino é considerado um pentelho de marca maior (mas que nada tem a ver com o cidadão argentino e com sua cultura impressionante). O papa é da Argentina, Maradona é melhor que Pelé, sem contar sua mão de Deus, parecendo com o seu zoar incessante que eles é que têm cinco títulos mundiais – numa disputa pela hegemonia que transcende o futebol. Mas nós somos da América do Sul e, dentro da ótica de ex-colonizados, não conjugamos com o continente europeu de passado colonialista e, portanto, de cultura completamente oposta até hoje. Posição essa execrada pelos vira-latas e de pensamento ainda colonizado, que sentem ojeriza à invasão argentina, seja em domínios de Copacabana e Ipanema, Porto Alegre, Brasília ou São Paulo. Contudo, como torcer pelo país que nos surrou de 7 x 1? Embora, em sua estadia, tenham escolhido Santa Cruz de Cabrália para centro de treinamento, no qual investiram para aparelhá-lo e doá-lo à população local, procurando sempre ser amáveis e gentis com os brasileiros. Como não premiar o seu excelente futebol de conjunto exibido? Em demérito do futebol argentino, que só se preocupou em vencer etapas não se importando com placar mínimo para ganhar e muito menos com dar show de Messi – isso eles deixaram por conta da frustração de nossos experts em futebol-arte. Melhor se contentar com um jogo superior ao entediante Argentina e Holanda.
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