No toque do outro
sempre vem um sopro
de esperança,
uma ânsia, uma fome.
Não há endereço certo
ou nome,
há apenas sede,
um vácuo, um vão.
Não falo de paixão.
O buraco é mais embaixo.
É retorno à infância,
quando a criança
precisa da mãe,
do colo, do afago.
Não sou só eu que trago
essa saudade apertada.
Meu bem, é universal
a vontade de ser amada.
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