Aécio acha que a indicação de Joaquim Levy para dirigir a economia é estelionato eleitoral de Dilma para angariar credibilidade junto ao mercado, deus esse repudiado por ela nas eleições. Quando a diferença entre ambos é que ajuste fiscal para os tucanos é um fim, que geralmente carrega no seu bojo depressão, arrocho e desemprego. Para os petistas, é apenas uma etapa, um meio em que haverá aperto nas contas públicas e rigor contra a inflação voltados para garantir empregos, renda e manutenção dos programas sociais. Tanto isso é verdade que a Bolsa (outro deus) caiu por ter ficado com a impressão de que a equipe econômica não vai fazer todo o ajuste de uma só vez, conforme recomendado pelo deus Mercado. Pois seria um erro o Brasil imaginar que já fez o bastante para diminuir o nível de desigualdade e que pode desacelerar o processo agora, como Aécio iria pôr em prática para enfatizar medidas duras na economia e favorecer o fator capital e rentistas. Muito cinismo em se tratando do Brasil, um dos países mais injustos do mundo em termos sociais.
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