“Maestro” veio para desbancar “Oppenheimer” (Christopher Nolan) e “Assassinos da Lua das Flores” (Martin Scorsese) na corrida pelo Oscar. Bradley Cooper (já merecedor de premiação em “Nasce uma estrela”) é diretor, ator (retratando o maestro, compositor e pianista Leonard Bernstein) e produtor ao lado de Scorsese e Spielberg. A cada 10 a 15 minutos, a abertura de cada cena se faz acompanhar pela melhor passagem de suas sinfonias, compostas ou orquestradas, ou de musicais americanos que se notabilizaram, como o espetacular “West Side Story” – um achado! Pena que não pudesse ter sido mais. Mas é comovedor o amor de sua mulher Felicia (Carey Mullingam) por um homem que era gay num tempo em que o homem para ganhar respeito e se inserir na sociedade precisava de um casamento de fachada! Por ser verdadeiro, da parte de ambos. Relação que sofreu um sério abalo quando o mundo evoluiu barbaramente nos anos sessenta e convenções tiveram de ser abolidas. Felicia era apaixonada pelo turbilhão frenético criativo de Bernstein, mas cansou de comparti-lo com outros. Enquanto ele não entendia como não poderia haver compreensão para uma situação de duplicidade, se havia um clima de amor e sensibilidade predominante no casal. Tiveram a felicidade por um bom par de anos, mas chegaram ao final prostrados de tanto sofrerem.