Os mais bem assentados economicamente e de nível superior acusam o povo de manter uma fidelidade canina com o seu benfeitor, Lula. Não aceitam ver as classes populares se encaminhando para votar pensando só no bolso, como se interesse econômico não fosse um item dos mais importantes na escolha de qualquer eleitorado no mundo – os ricos que o digam. Quando se trata de aumento de renda e bem-estar, baseado em crédito fácil e estabilidade da moeda. Não um mero consumismo. A aprovação do governo Lula e a sua surpreendente capacidade de transferência de votos à Dilma e aos políticos que o apoiam também se devem ao magnífico psicólogo social e comunicador de massas em que Lula se tornou, para aumentar a autoestima do trabalhador mais humilde e ele virar gente como a gente, cidadão de respeito. O pão nosso de cada dia foi substituído por bens materiais e por uma reversão de expectativa de vida que o faz sentir o gosto de ascender e andar com a cabeça mais erguida. O último que havia promovido tamanho acesso a conquistas sociais, como nenhum outro, foi Getúlio Vargas. E é isso que dá motivos à direita enraivecida de odiar a política e às esquerdas radicais de não admitirem, sonhando com a revolução de seus sonhos. Enquanto as pessoas mais simples estão compreendendo que os benefícios da democracia são para elas também, na medida em que o Bolsa Família as alcançou. Uma grande inversão está em curso; não almejam só participar do jogo político, querem decidir.
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