Perante uma sabatina do Parlamento Britânico, Rupert Murdoch disse que não sabia o que ocorria debaixo de seu nariz em seus jornais do Reino Unido – igual a outros tantos no Brasil. Pediu desculpas pelo esquema generalizado de escutas telefônicas, confessou-se chocado e envergonhado, elegeu o dia em que queriam sua degola como o de maior lição de humildade de sua vida e prometeu uma faxina no cast de seus jornalistas atores – não mencionando os lotados na Polícia de Londres que participaram da campanha do primeiro-ministro conservador, nem que entrava pela porta dos fundos da residência oficial em Downing Street. Hoje em dia, o perdão exaltado por Cristo em sua missão, pedra filosofal do espiritismo, ficou demasiadamente banalizado e ultrapassou todos os limites. Sob o pretexto de resgatar os escrúpulos perdidos em alguma esquina do pecado, mostrar que reconhece seus erros e redimir qualquer má impressão deixada ao léu, alardeando em alto e bom som para se congraçar como bom-moço. Repercutindo mal se recusar o perdão por não confiar na honestidade de propósitos. Se duvidar de quem abre o coração de forma corajosa. Impertinência se quiser saber sobre os antecedentes do perdão. Voltarão contra si todos os castigos do Céu por não ter sabido perdoar e não demonstrar humildade.