O chamado campo político do Centro diz não aguentar mais radicalismos oriundos das forças políticas do passado que o obrigaram a valer-se do impeachment (golpe): o Rio de Janeiro não pode ser trincheira para qualquer tipo de ideologia. Ou seja, tem de ser asséptico, neutro, incolor e inodoro. A escola sem partido, a ordem unida para gerar progresso. Quando radicalismo é o acordo secreto realizado pela Igreja Universal, na pessoa do pastor Crivella, como futuro prefeito do Rio de Janeiro, com a comunidade, na sinagoga Beit Lubavicht (Leblon), na celebração do Yom Kippur, o Dia do Perdão, o mais sagrado da religião judaica. Um candidato e um culto que já atacaram inúmeras religiões, chutaram imagens de santos, chegando a discriminar os negros que professam o umbandismo e ultrajando a liberdade religiosa. Um candidato e um culto que desvelam homofobia no tratamento fascista dado aos homossexuais. Agora querem se fazer de bonzinhos, quando até já renegaram o dízimo que outras seitas cobram. Confundem-se tanto com a lavagem cerebral levada a efeito em seus fiéis, que se esquecem de suas origens na matriz americana: Ku Klux Klan – movimento de extrema-direita que defende o nacionalismo e a supremacia branca, clamando pela purificação da sociedade. Como ainda não nos livramos do complexo tupiniquim, castigo imposto ao colonizador que massacrou os indígenas, promoveremos mais um sincretismo religioso nesse criativo Brasil e Crivella, na função de alcaide, deixará de ser ficha limpa, será absorvido pelas escolas de samba, entrará em acordo com os milicianos e com a elite, prestará culto à Globo, render-se-á aos interesses dos poderosos, decidindo se lava mais branco conforme sua aparência alvar ou transforma-se em cadáver, fingindo-se de morto graças à sua fisionomia pálida.