Alinhada com Bolsonaro e funcionando como sua guarda pessoal, a Polícia Rodoviária Federal embarreirou no domingo, dia 30 de outubro, a ida de eleitores para os locais de votação com mais de 600 operações não permitidas sob qualquer pretexto. Notadamente no Nordeste, onde Lula conseguiria a maior votação. O mesmo aparelhamento policial foi e acabou sendo leniente na repressão à paralisação das rodovias federais por caminhoneiros bolsonaristas, motivados pela não aceitação do resultado das urnas. Obrigando os governos estaduais a fazerem uso de batalhões da PM para limparem as estradas do entulho autoritário sob o comando de Bolsonaro, que até agora não reconheceu o triunfo de Lula – que se tornou a lenda diante do falso mito. O silêncio de Bolsonaro é revelador da amargura de ter sido derrotado por tão pouca diferença, apesar dele haver montado um conjunto gigantesco de benesses para comprar o voto do povo que, por isso mesmo, não é permitido em ano eleitoral. Mas como Bolsonaro também comprou o Congresso através do orçamento secreto, o golpe estaria legalmente consumado. Nem com o uso da máquina, que contou com o apoio entusiasmado das Forças Armadas, conseguiu um segundo mandato. Temos que reconhecer, Bolsonaro fez de tudo para se reeleger. De tudo. Muito triste, para ele, não ter realizado seu grande sonho de se investir como ditador do Brasil, embrulhado na bandeira nacional.
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