Não se entende a surpresa de Serra e da família tucana com o resultado das pesquisas eleitorais – a colocar Lula nas alturas e afundar tantos que quiseram pô-lo abaixo. Já se lutou durante o Plano Real para o salário mínimo alcançar 100 dólares, quando valia 65: no governo Lula, atingiu quase 300 dólares. O salário mínimo é um dos responsáveis pelo crescimento da economia e pela animadora distribuição de renda, principalmente pelo impacto que gera nas aposentadorias e na economia informal. Mais do que o Bolsa Família, que diminui a miséria, o salário mínimo ativa a economia embaixo e todos saem ganhando, ao gerar mais consumo, as empresas produzirem e lucrarem mais, oferecendo mais empregos. Com repercussão, por acompanhar o salário mínimo, no aumento da remuneração das empregadas domésticas, cabeleireiras, manicures, costureiras, bombeiros, marceneiros e derivados. A redução da desigualdade social é o fermento do que faz crescer o bolo. Um ganho pequeno de renda faz uma diferença enorme no bolso dos pobres. O que explica esse momento de quase felicidade geral da nação com apenas 4% da população rejeitando Lula e reflexo na disparada de Dilma nas pesquisas. Enquanto a obsessão nos anos FHC era o aumento do salário mínimo propiciar o agravamento do déficit da Previdência e gerar inflação, jogando sempre na retranca, com medo de se arriscar, a demonstrar de fato uma inapetência para promover a erradicação da pobreza.
Deixe um comentário