Diziam que Saramago era ateu e contestava o caráter divino de Cristo. Não é o que se vê de suas palavras: “Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo. Nossa maior tragédia é não saber o que fazer com a vida. O único progresso verdadeiro é o progresso moral. Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter; ter deve ser a pior maneira de gostar. Tolerar a existência do outro e permitir que ele seja diferente, ainda é muito pouco; quando se tolera, apenas se concede, e essa não é uma relação de igualdade, mas de superioridade de um sobre o outro”. Das quais se depreende uma comovente espiritualidade. Uma das maiores ironias de Deus é o ateu jurar de pés juntos que não acredita em Deus ao longo de sua existência e comprovar por seus atos e palavras que é um Seu fiel seguidor, senão um turrão pastor, como Saramago.
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