Com o absurdo do atentado realizado pelo norueguês nazista em sua própria terra, a Europa confirma o que já vinha aflorando e se tornando majoritário em cada eleição que suas democracias promovem. A Europa se fechar quanto à chegada de imigrantes africanos no encalço de empregos e oportunidades que não encontram no seu continente. A revelação do caráter mesquinho das invasões coloniais por vários séculos saqueando a África, fazendo o que bem entendiam com os seus recursos humanos e materiais e despojando o africano de sua cultura. Não foi à toa que Buda abandonou o reino que iria herdar, abriu as portas do palácio e saiu em busca de um novo pacto com o mundo, antes que a peste viesse contaminá-lo. Europeus, quando perseguidos, emigravam para o Novo Mundo. Os democratas europeus, alinhados com os EUA, reclamavam tanto do Muro de Berlim e agora tentam fechar um círculo se isolando dos africanos famintos, que perseguem seus altos níveis de qualidade de vida apenas para abiscoitar umas migalhas, vendendo bugigangas nas praças. Há que afastar o perigo de embarcações lotadas de desesperados chegarem às suas glamorosas praias mediterrâneas e lhes proporcionarem mau aspecto. Quem tem moral para dar lições sobre direitos humanos? Sorte dos europeus por eles ainda não terem forças para exigir de volta o que lhes foi roubado.
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