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A FÉ VERDADEIRA E SEM FANATISMO

Deus nos concede as mais variadas bênçãos, excetuada a fé, que depende de nosso livre-arbítrio para progredir em nossa encarnação. Embora seja necessário muito estudo e perseverança para alcançá-la, e não fanatismo. A fé adquire-se especialmente pela aquisição de conhecimento. Não que Deus não possa dar um empurrãozinho se vir que estamos bem encaminhados, não mais cultivando o pessimismo e a descrença como um colchão para tentar aliviar a queda em depressão, que vem com as más notícias.
Allan Kardec deixou-nos o seguinte ensinamento a respeito: fé verdadeira é a que pode encarar a razão face a face, em qualquer época da Humanidade.
A fé é o grande farol que ilumina nossos destinos, enriquece nossa inteligência e exalta o nosso coração. Muitos homens ainda se encontram cegos em face da luz que esse tesouro emana. São, ainda, pessoas sem fé, cujo entendimento de tudo que for extraterreno apresenta-se embaçado pelos véus de dogmas e preconceitos com que julgam. Como a repetição automática de palavras decoradas para chegar aos ouvidos de Deus e atender nossas preces. Nem tampouco rituais que buscam consolo e orientação de que tanto necessitamos.
A fé verdadeira é poderosa, mas não se impõe pela força nem pela doutrinação. A cada um de nós foi dada a liberdade para buscar a verdade e abandonar uma cadeia de enganos, que propositalmente surgem para nos iludir e desviar de nosso caminho. Se não estivermos providos da fé, o alimento que sustenta o Espírito e se irradia sobre o amor e todas as coisas, a sabedoria que conduz a Deus não vem nos abraçar.
Quando é a fé que efetivamente irá nos salvar e nos ajudar a passar pelo buraco da agulha, onde tantos aquinhoados pela fortuna costumam não conseguir autorização do reino de Deus, acotovelando-se à porta da passagem em busca de uma chance ou perdão.

Antonio Carlos Gaio:
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