O Papa Bento XVI entrou pela contramão da História ao suspender a excomunhão do bispo Richard Williamson, que nega o uso de câmaras de gás na 2ª Guerra mundial e a morte de 6 milhões de judeus – foram apenas 300 mil. Não pega bem um papa alemão negar o Holocausto, por tabela, porque levanta a suspeita de se alinhar com o presidente do Irã, defensor da mesma tese, distorcida pela obsessão em querer varrer Israel do mapa. Se os campos de concentração nazistas foram instalados na Polônia ocupada, causa mal-estar um papa alemão desautorizar um papa polonês, que excomungou o bispo britânico já faz 20 anos. João de Deus conseguiu o milagre de sepultar o comunismo e agregar o mundo cristão à sua volta. Reabrir feridas antigas com o rabinato de Israel é opor, de novo, Jesus a Messias, com o espírito alemão de árbitro. Só falta tirarem Judas do ostracismo.
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