Há quem julgue como de caráter chantagista o uso desabusado de inaugurações para alavancar o prestígio de seu candidato, fazendo valer a aprovação de si próprio, o padrinho, junto ao eleitorado, numa ação discursiva frequente onde insere o grilo da quebra da sequência administrativa, se o seu candidato não for ungido nas urnas. Como se pondo o revólver na mão do eleitor, para ele elevá-lo à cabeça e atirar, caso opte pela pior das opções. Quando o tiro é para atingir Lula, que não mede meios com sua protegée Dilma, ricocheteando em Aécio, que está adotando a mesma estratégia com o seu cochado Anastasia. Muito embora, há quem ache o contrário, o campo nas eleições esteja aberto às discussões. Se o próprio Lula foi quem inaugurou a chance à oposição de explorar dossiês, ao chamar de aloprado quem os fabrica para denegrir a reputação de adversários. Assim como não é terrorismo a Marta explorar que, com Serra, os tucanos irão piorar o Bolsa Família, acabar com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e desmontar a política de relações exteriores com que Lula se consagrou como estadista mundo afora – “o cara” no combate à fome.
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