Por que a imprensa escrita baba de raiva quando qualquer coisa atrapalha as condenações já definidas no julgamento do mensalão, por mínima que seja, e não se interessa por ir a fundo no porquê de o governo tucano, no primado paulista faz 20 anos, ter deixado a situação chegar ao ponto de bandidos desafiarem a polícia de São Paulo? Dois pesos, duas medidas. Tal como no governo FHC, encobrem mazelas, blindam seu partido (PSDB) e fazem uso da liberdade de expressão para atacar seus inimigos políticos e serem benevolentes com os que os obedecem, quando não seguidores de sua mentalidade mantenedora do status diferencial entre pobres e ricos. Pacto esse rompido no Brasil do século XXI. Daí a ira incontida, com ânsias de vômito golpistas, contra a mudança levada a efeito na dança das cadeiras da democracia e conquistada no voto. Na tentativa ignara de impingir nas mudanças atestadas por quaisquer governos no exterior (o Brasil reconhecido para sediar as Olimpíadas) o aparelhamento partidário, associando-o à quadrilha do mensalão, ou à corrupção, como nunca houve antes no submundo das licitações. Bons tempos em que Carlos Lacerda, o queridinho da imprensa da época, proferia os mesmos impropérios contra Juscelino Kubitschek, quando da construção de Brasília, e redundou no golpe de 1964. Como se não houvesse liberdade para se fazer uso das redes sociais e criticar o Supremo Tribunal Federal, o que é muito diferente de desqualificá-lo. O que a mídia não está aturando é que ela hoje não tem mais êxito em dirigir a opinião pública para onde deseja, tal como as novelas influenciam no modo de vestir de seus telespectadores.
Deixe um comentário