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A INCLUSÃO DIGITAL É O NOVO SHANGRI-LÁ!

Isso é que é enxergar longe! O Facebook estaria em conversações para adquirir uma empresa de drones orbitais (veículos aéreos não tripulados) pela bagatela de 60 milhões de dólares, que lhe daria a capacidade de conectar via internet móvel as partes mais remotas do planeta, levando conteúdos virtuais ao mundo inteiro. Esses drones podem voar à altura quase orbital, funcionando como satélites, sendo movidos a energia solar. A ideia é de construir 11 mil drones desse tipo para ajudar a cobrir digitalmente áreas como a África. Mark Zuckerberg, o criador do Facebook, defende a inclusão de todos os terráqueos, conclamando a indústria tech a apoiá-lo nesse sentido, de modo a oferecer um plano de dados barato com serviços básicos para quem ainda não conseguiu se conectar: mensagens, Wikipédia, previsão do tempo, infos sobre saúde, emprego e educação. E Facebook, é evidente. De cara, reduziria os custos com infraestrutura, usaria os dados com mais eficácia, sem desperdício de banda, e faria vendas pontuais de serviços no pacote básico, já que ninguém é de ferro e se sustenta de graça só porque é multimilionário. A inclusão digital é o novo Shangri-lá, um lugar paradisíaco não mais situado nas montanhas do Himalaia – o horizonte perdido -, sítio de panoramas maravilhosos e onde o tempo parece fluir sem você se dar conta, em ambiente de felicidade proporcionada pela convivência harmoniosa entre pessoas das mais diversas procedências, percebido como a promessa de um mundo novo possível, no qual alguns escolhem ficar e morar, enquanto poucos o veem como um lugar assustador e opressivo, do qual resolvem escapar.
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Antonio Carlos Gaio:
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