Primeiro foi a chegada do rádio, depois a televisão e agora a internet. A atual crise da mídia impressa é a velha história de uma tecnologia tradicional que luta para se adaptar às mudanças. A internet não irá matar os jornais, salvo se resistirem em não admitir, por exemplo, que a Google indexe os sites dos jornais nas buscas. Contradiz a liberdade e a fluidez com que a rede de computadores pela internet funciona e foi criada. No futuro, as pessoas lerão as notícias em aparelhos móveis, de forma rápida e personalizada. É imprescindível o estreitamento das relações entre Google e mídia impressa. A Google propicia aos editores de jornais um bilhão de cliques por mês; isso representa 100 mil oportunidades por minuto para conquistar leitores fiéis e gerar receita de graça. Falta equacionar o retorno comercial essencial para justificar o investimento no conteúdo de jornais e revistas – os direitos autorais ainda não morreram. Contudo, como a internet não guarda muito respeito à honra ferida e não está enquadrada nos costumes legais ainda, por ser um território livre, supera com enorme vantagem a liberdade de expressão da mídia convencional, sujeita aos interesses e à linha editorial e política do grupo empresarial que a comanda. A liberdade acaba valendo mais a pena que o conteúdo, em razão do colunismo vendido e lobista enojar.
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