A geografia do petróleo. A União Europeia, EUA e a comunidade em torno do antigo império britânico impuseram sanções à Rússia, diante da invasão à Ucrânia, mirando no petróleo. Ao boicotá-lo, obrigou os russos a cada vez mais olhar para o Oriente e se isolar do mundo e dos valores ocidentais que, desde o tempo do czar Pedro, o Grande, sempre foi seu sonho dourado nos últimos 300 anos. Fortalecendo seus laços com China (segunda maior economia e importadora de petróleo do planeta) e Índia para amortecer os impactos do embargo, desde que elas finjam não verem o genocídio operado na Ucrânia, a Rússia passou a vender abaixo do preço de mercado e a China, a ocupar o vácuo deixado pelos países ocidentais. Prejudicando o Irã, dependente da China para comprar seu petróleo e do que resta de sua economia funcionando, que também está sujeito a sanções do mundo financeiro internacional, por conta de seus desafios a Israel e ao establishment ocidental em eterno conflito com os Estados islâmicos – vai para o final da fila do clube do petróleo. A Europa, em paralelo, recorre às importações da Nigéria, Angola e Camarões, enquanto a Índia deixou os africanos na mão. Através da moeda ainda mais forte do planeta, a Humanidade continua permeada pelos seus interesses de sacar maior proveito, uns rebanhos contra os outros. Se trata de sobrevivência ou de encher a burra de dinheiro? O dilema de sempre.
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