Foi o que de melhor aconteceu para desmoralizar com a Lei da Anistia, que estava acobertando facínoras que agiram em nome do Estado para reprimir ideias esquerdizantes (hoje sendo implantadas), sob a desculpa de coibir o comunismo. A solução final encontrada foi manchar a reputação dos torturadores da ditadura militar, matando de vergonha sua família, descendentes e colaterais com a gratuidade de usar jiboias para aterrorizar presos políticos e de esquartejar o deputado Rubens Paiva, apenas por pensar diferente no clímax dos anos de chumbo. Não mais importa se não aplicar-se-ão condenações penais a um falso Brilhante Ustra pela brilhante performance no ofício da tortura. Parte-se para estabelecer a responsabilidade civil independente da criminal, também onerando o patrimônio e o bolso dessa gente grosseira e primária. Nenhuma lei autoriza o Estado a tripudiar sobre o cidadão, torturando, humilhando, estuprando, quando não executando e fazendo desaparecer seu corpo, incinerado em usina de açúcar. É melhor se antecipar e confessar tão graves pecados à Comissão da Verdade antes de ter de se sujeitar a outro tipo de julgamento cujas consequências causam pavor só de pensar. Ser humilde não é se rebaixar, mesmo para quem trocou a farda pelo pijama.