No auge do orgasmo com a queda da ideologia comunista, os chamados defensores da liberdade decretaram o triunfo final do capitalismo e da democracia liberal – quando a História não tem fim e sim desdobramento. Os americanos se acharam os donos do mundo e puseram em prática o neoliberalismo, um eufemismo do capitalismo selvagem. Ninguém poderia esperar que os ianques seriam vítimas, tanto quanto os europeus, do seu próprio veneno. Pois a lei do mercado, que submete os governos eleitos à sua ditadura, só favorece os especuladores que, por sua vez, só se interessam em ganhar dinheiro e acumular fortunas. Resultando em demissão sumária de amadores como Berlusconi e de governos concentrados no social por serem incapazes de lidar com endividamento e com a gestão eficiente, em que o povo vai mal mas a economia esbanja saúde. Liderados por tecnocratas como na Grécia e na Itália que implicam num esvaziamento perigoso da democracia, senão ofendendo-a, em virtude de o povo eleger seus representantes para decidir e compor o destino de seu país, e não delegar a batuta para economista ou financista expert ou mesmo homem de negócios comprometido com lucro e eficiência.
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