A mídia explode de raiva quando Zé Dirceu se exalta brandindo o seu projeto e do PT, acusado de sorrateiramente censurar a imprensa no lugar de regular a mídia. Quando Zé Dirceu deveria entender que não se pode impedir, em nome da liberdade de expressão, manchetes de duplo sentido ou que induzam a interpretações equivocadas ou mesmo maldosas. Pois são de caráter interpretativo, segundo o julgamento do leitor. Se o que for noticiado possuir um cunho mal-intencionado, cabe não mais ler aquele jornal ou revista. Por exemplo, O Globo divulgou que Lula contratou três vezes mais servidores do que FHC. Quando no governo vitorioso de Lula, ratificado pela eleição de Dilma, o Estado desempenhou o fundamental papel de indutor da economia e promotor dos grandes avanços sociais, elevando as classes mais pobres a patamares elevados. Enquanto FHC convergiu para diminuir o tamanho do Estado em favor da iniciativa privada explorar o que desse conta na economia do país. Como todo bom tucano obcecado em conter os gastos públicos, FHC congelou os salários da máquina pública durante os seus 8 anos, assim como incentivou os planos de demissão voluntária, em função da expectativa que criou de perdas salariais por parte dos servidores, provocando corridas à aposentadoria e deixando carreiras essenciais do Estado ao relento. Portanto, não houve inchaço da máquina estatal ou cabide de emprego na administração de Lula, como a manchete insinua. De princípio, reposição do que fora dilapidado pela gestão tecnocrata e, com o novo cenário da economia a partir de 2004, o ingresso de novos quadros por meio de concurso público. Portanto, Lula ter triplicado as contratações não é nem uma verdade absoluta, quanto mais relativa.