Não é a linguagem de sinais utilizada pelos surdos para se comunicarem entre si. São sinais que chegam até nós oriundo do Plano Espiritual com propósitos que inicialmente desconhecemos e um dia as coisas começam a se encaixar. É uma linguagem que requer atenção, concentração, fé e disciplina para ser totalmente absorvida.
Durante anos se procura, seja em religiões ou em várias correntes filosóficas, uma resposta para o sentido da vida. Por vezes, um amigo no plano terreno, sem o saber, como bom receptor, lhe transmite um recado para atuar num determinado campo ou procurar um parente de quem se distanciou faz muito tempo. Ou abrir um livro num pulo e lá encontrar tudo aquilo que buscava apesar de sempre ter sido governado pela lógica, abrindo espaço para que a fé também possa participar.
Faz-se necessário deixar fluir a presença de Espíritos através de nós para quebrar paradigmas e vermos o mundo sob outra perspectiva. Eles pedem passagem para abalar as convicções de quem abusa da materialidade, cuja consequência malévola é oprimir e sufocar. Ou ainda não conseguem sentir a espiritualidade, daí não captarem a linguagem de sinais, que não faz sentido para eles.
O homem sempre quis deslindar o enigma da vida e, senão eliminar, suavizar o fragor de suas incertezas e dúvidas, quando a alma costuma se alimentar de mistérios e se revelando aos pouquinhos, pois tudo vale a pena quando a alma não é pequena. A sinalizar que basta ressaltar um motivo para cada uma de nossas ações empreendidas. Se uma coisa leva a outra ou se um assunto puxa outro, compreendendo cada passo, cada atitude, repetindo diariamente o que fará por anos e anos. Tudo que a vida nos oferecerá amanhã é repetir o que fizemos ontem e hoje, mas enxergando na rotina a riqueza que cerca nossa vida, quando descobrirmos coisas importantes, verdadeiras preciosidades e se indagar: como cheguei até aqui?
Porém se, na verdade, não havia nenhum motivo para agir como agiu, mas seguiu seu impulso, ou mesmo compulsão, aí começamos a compreender a linguagem silenciosa que Deus usa para nos mostrar o caminho correto. Chamem de intuição, sinal, instinto, coincidência, não importa o nome, o que importa é nos darmos conta de que estamos muitas vezes sendo guiados para trilhar o caminho certo e tomar a decisão mais sábia.
Se já nas primeiras horas da manhã observarmos com acurada atenção que nenhum dia é igual ao outro, é fatal que traga no seu bojo uma bênção escondida, que só serve para este dia, e que não poderá ser armazenada ou reaproveitada. Se não nos apressarmos em dispor deste milagre ainda hoje, ele desaparecerá do mesma forma conforme surgiu em linguagem de sinais. O milagre se escora dentre os detalhes do cotidiano e nele poderemos vislumbrar a saída para o problema, habilitada até para mudar todo o nosso futuro.
Mas como afirmar que se tem fé na linguagem de sinais?