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A LUZ DA JANELA

Ah! Essa luz vermelha e amarela, que vejo da minha janela. Colore o céu dos prédios gigantes com seu fulgor deslumbrante. Me faz lembrar da infinitude da vida que habita a alma infinda, tão maior que estes pedaços de carne que chamamos de corpo. A universalidade da natureza, tão escandalosamente mais cara que este desperdício louco de tempo que vivemos, que sofremos, em busca do tal dinheiro. A grandiosidade da abundância de vida ali presente o tempo inteiro, mas que a gente não vê, correndo de janeiro a janeiro, atrás da prosperidade perdida…
Prosperidade é a vida. A gente nasce com ela, mas cá, do lado de dentro da janela, a gente esquece, padece, a gente acha que não merece e, dia após dia, ela desaparece por trás dos prédios, dos remédios, do tédio dessa vida inventada.
Ah! Essa luz vermelha e amarela, que vejo da minha janela. Colore o céu dos prédios gigantes com seu fulgor deslumbrante. Me faz lembrar da infinitude da vida que habita a alma infinda, tão maior que estes pedaços de carne que chamamos de corpo. Me faz pensar: “como somos burros e loucos!”
(Mariana Valle, 01/08/2024 – inspirada em vídeo de Silvio Ribeiro de Castro).

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Antonio Carlos Gaio
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