A mídia tucana não cansou de bater em Dilma durante a campanha, insistindo que ela era despreparada para o cargo, mera guerrilheira e que iria ser marionete de Lula ou mesmo pau-mandado. Agora Dilma é biutiful. Só se ouvem elogios rasgados quanto a pôr técnicos no lugar dos quadrilheiros do PMDB, a privatização dos aeroportos, a não esbravejar em palanques, a não ter opinião sobre tudo que acontece em outros países, a não cultivar ambição de ser uma grande líder mundial. Respiram aliviados por Dilma não dividir o país entre ricos e pobres, entre a elite e o povão – o mote usado por Lula para derrotar o professoral PSDB de FHC. Consideram edificante não ter mais um Lula que se orgulhe de sua grosseria e ignorância e nem deboche dos que estudaram mais e melhor – haja vista que Dilma fala 3 idiomas. Deleitam-se com sua ausência nas páginas de jornais e na tela da TV. Por trás, uma trama bem urdida para desconstruir o mito Lula e fazer crescer o bolo da Dilma, comparando-o de forma negativa a fim de fomentar ciumeira, um nível de atrito, uma saia justa e instalar um modelito de rompimento entre criatura e criador. O temor maior acenando para 2014, em que Dilma não moverá uma palha para sua reeleição e, portanto, não se preocupará em demasia com sua popularidade imediata. Para ter que dormir com o inimigo, preferível Dilma.