Os brancos azedos nunca se preocuparam com o mulato brasileiro não assumir sua negritude. No máximo, quando a outrora gloriosa Glória Maria era barrada em elevador social de Ipanema. O racismo era tão grande que o mestiço negava sua verdadeira raça por ocasião de recenseamentos ou registros de nascimento. Bastou o governo Lula implementar o regime de cotas e conquistar uma adesão espantosa, valorizada pela própria origem de Lula, para a elite, seus sociólogos no bolso e pretos joias ficarem com medo. Medo de a influência contaminar os outrora descamisados e isso criar uma larga base social para que promotores da igualdade na cidadania se destaquem como lideranças políticas e surjam novos Lula – um já basta e foi de bom tamanho. Esses falsos brilhantes temem ser apagados do quadro-negro, baseando-se na falácia de que não existe ninguém verdadeiramente negro, como também verdadeiramente branco. Tiveram que abrandar seus pendores racistas e aderiram, por puro oportunismo, à tese de que o Brasil é um país miscigenado, não necessitando de cotas para resgatar a dívida social da escravidão. Em plena era Obama, continuam a mascarar a cor negra. Borram-se todos de medo de vir uma ideologia preto no branco e as massas dispensarem por justa causa os pretensiosos formadores de opinião.
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