O que importa não é o crescimento da economia, mais ao gosto de economistas que se masturbam pensando em performance, saudosos dos tigrinhos asiáticos. O que importa não é exportar e sim a mobilidade social. A aprovação de Lula, e agora de Dilma, continua em alta em função da mobilidade social sem precedentes na nossa sociedade. A classe C já representa 54% da população face a 34% em 2005, em proporção quase igual às classes D e E somadas caírem de 51 para 24%, no período. Ou seja, o povão se transforma em classe média com novos hábitos e gostos para desespero dos elitistas, que reclamam da invasão dessa classe C engordada refletir no excessivo número de carros nas ruas, facilitado pela gasolina barata. E nos aviões, verdadeiras sardinhas em lata, e nos aeroportos, que lembram as antigas rodoviárias. Em termos competitivos, se a oposição quiser fazer alguma coisa para reverter a situação, vai ter que tirar coelho pra caramba da cartola para acelerar, mais ainda, a redistribuição de renda. Nem pensar em modificar essa bandeira – é derrota certa. Se for para deprimir a economia a fim de baixar os gastos públicos e aumentar a capacidade de investimentos do país, corre o risco de mexer no time que está ganhando. Dando margem a indagar que interesses escusos o PSDB defende e pretende restabelecer. A mobilidade social não é prioridade para os tucanos nem tampouco para a grande mídia. Caso fosse, teriam que negar a si próprios. Embora não cabendo mais apedrejar esse papo de classe social como coisa de comunista, eles rotulam como demagogia e populismo eleitoreiro. Fixando seu discurso no combate sem tréguas à corrupção. Até trincar o telhado de vidro.
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