Nascemos como seres inocentes, de índole boa, cuja natureza humana só poderá ser adulterada conforme o meio for atuando para nos testar quanto à maldade que nos espreita em cada esquina.
A maldade mostra sua cara para sermos avaliados quanto ao emprego da atitude correta em vez do uso desmesurado da raiva que implica numa campanha de descrédito dirigida a quem for antipático, desaprovado ou inspirar desconfiança. Colocando em xeque sua capacidade de perdoar e reverter seu estado de espírito.
Portanto, o Mal teria o seu lugar em nosso mundo e não seria essencialmente antinatural, conforme Confúcio apregoava. Posto que a Natureza faz com que nós, seres humanos, pareçamos uns com os outros e nos agreguemos para aprender a conviver com nossas diferenças e inúmeros erros cometidos. O modo como somos criados e educados nos torna diferentes e, por vezes, leva-nos ao afastamento uns dos outros.
O que pesa no convívio é o sentido próprio de justiça com que cada homem distingue sua trajetória. Quando a livre argumentação soa como absurda e irracional, irritando a ponto de considerá-la uma ofensa à nossa sensibilidade. Para não sobrevir o descontrole, nos fechamos em copas para não parecer deseducado e intempestivo, guardando um punhado de mágoas. Sem nos lembrarmos do arrependimento, sempre presente depois do ressentimento.
É um momento em que o ser humano dispensa qualquer conselho ou apoio para desviar sua ira, pois de nada vale estender a mão àqueles que não querem se ajudar a si mesmos. Preferem ficar possuídos pela cólera. Pelo Mal. Pelo vício do ódio gratuito.
Quando a maior glória não é manter-se de pé ao longo da vida, mas erguer-se a cada tombo, ao observar o Céu do ponto de vista do chão.