Tem gente que tenta
me tirar do sério,
mas eis que faço mistério
e me finjo de surda.
Porém quando a situação
me é muito absurda
rapidamente transborda
em poesia que arde
para nascer.
Ela queima meus dedos,
que fervem para escrever.
E é só assim que consigo ser
amarga, azeda, extrapicante.
Não vale a pena destilar meu veneno
antes de poetisar.
Prefiro acumular para explodir
em rima, em cima, por cima.
Porque escrever me ensina,
extravasa e extermina minha
raiva.
A minha escrita é lava
do vulcão que é meu coração.
E quando o poema acaba,
a chama apaga
e a paz enfim me alaga.
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