Israel se sente acuado com a Primavera Árabe. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu alegou que o despertar árabe será um retrocesso porquanto se transformará numa onda islâmica, antiocidental, antiliberal, anti-Israel e não democrática: não há como abrir mão de qualquer pedaço de terra nesse momento. Se Israel tem uma primavera árabe florescendo em seu quintal, a solução final é se preparar para a coexistência dos dois Estados: palestinos e judeus. Israel será muito melhor visto se fortalecer com democracia as lideranças palestinas. Quem sabe se não sobra alguma coisa para o Irã e a Síria? Visão de futuro é apontar para a paz e a convivência pacífica. Que venha a astúcia para combater o menosprezo da ingenuidade. Os judeus já deveriam ter jogado na lixeira a recomendação de que não é hora para assumir riscos. Então quando vai ser? Por mostrarem-se sempre ousados, os muçulmanos são considerados temperamentais e loucos. Racionalismo demais enferruja o estado de espírito.