Com a morte de Kadafi, não se sabe até onde vai a onda da Primavera Árabe. Mulheres com curso superior ou formação acadêmica, médicas ou doutoras, veem com temor transformar o discurso religioso em arma. Com eles no poder, todas as regras que mudam são contra as mulheres, a ter que fazer isso, não poder fazer aquilo, nada proibindo para si mesmos. Os homens, por sua vez, estão convencidos de que a maioria é muçulmana e precisa da religião nas suas vidas. Regidos pelas regras do Islã, mas um Islã democrático, com liberdade de expressão e direitos iguais, mas não a ponto de mudar de uma hora para outra com mulheres de biquíni na praia! Espera-se do turista respeito pelos costumes muçulmanos, mas, por outro lado, não existe mais espaço na Líbia, Tunísia e Egito para um regime ditatorial como o iraniano ou a monarquia da Arábia Saudita. Porém, como nisso confiar, se fazem parte do mesmo universo islâmico a al-Qaeda, o regime sírio e iemenita, e os talibãs do Afeganistão? As mulheres obrigadas a usar véu é a fronteira a ser ultrapassada sobre que sociedade desejam construir.