Quer coisa mais vil para a Humanidade que estar perdendo milhares de anos de patrimônio com o uso de fortalezas antigas e históricas como bases militares na Guerra da Síria e a ação do Estado Islâmico no Iraque? Alguns sítios arqueológicos estão em regiões atualmente controladas pelo Estado Islâmico que, em troca de dinheiro para financiar suas atividades extremistas, permitem que contrabandistas levem objetos antigos, cujo faturamento alcança bilhões de dólares. Nada muito diferente do que fizeram há milênios com os templos greco-romanos e suas estátuas e colunatas com o efetivo propósito de vandalizar a maior cultura da Humanidade, aberta para todos os universos, reagindo a quem humilha com sua cultura superior, seja em conhecimento ou beleza. Sempre com o propósito hegemônico e fascista de destruir aquilo que faz ampliar os horizontes do Universo para prevalecer uma nova ideologia de vida, travestida de religião, eivada de autoritarismo e penas de Talião, predominando a retaliação, a vingança e o ódio. Jamais a concórdia e a compreensão geral das coisas. Como se sempre tivessem sido escravos e precisassem dar uma lição em regra no dominador. Para impor seu mundo pobre, que oprime as mulheres e as crianças, em função do mundo ter se tornado mais permissivo. O que constitui um perigo por desvirtuar as mentes sujeitas ao assédio de conceitos provenientes do estrangeiro, que não se acasalam com o que lhes foi transmitido por seus ancestrais. Como viver sob a égide de outra filosofia que não tem tradição ou que está se reinventando? Tão somente para substituir aquela que estamos acostumados a vestir? Por isso, é melhor e mais seguro voltar ao quando fomos concebidos, destruindo todos os valores espúrios que macularam nossa evolução. É a síntese do atraso e da regressão.