Hedonismo é o prazer como bem supremo. O que assusta os que não conseguem adotá-lo como estilo de vida. Por necessitarem se proteger para não se contaminarem com a permissividade do amor, que a tudo encanta e seduz. Qualquer convite ousado é encarado como de caráter aventureiro. Acusam que começam a sonhar com pensamentos absurdos caraminholando na cabeça e ficarem à mercê de ver seu desejo fiel e correto em descompasso com a realidade do chove lá fora. Só disso sabe quem é objeto das consequências do prazer: a vítima, que roga por um mínimo de garantia e segurança, como se o prazer se submetesse a condicionantes e a um perfil pré-organizado. Aí o prazer teria que lutar para evitar o desprazer dos que se fecham, se encolhem, se enclausuram em nome de uma relação estável e confiável. Se perdida a batalha, o prazer morre, o desejo acaba e a relação naufraga. A síntese do falecimento de tantos casamentos.
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