Piratas vêm atacando na costa da Somália, uma importante rota de navegação entre Europa e Ásia por onde passam cerca de 20 mil embarcações por ano. Cargueiros seqüestrados, tripulantes reféns, carregamentos, muitas vezes ilegais, fazem com que empresas e governos paguem os resgates no maior mocó – US$ 300 mil a 1,5 milhão. O ladrão que rouba ladrão, de princípio, invocou a fome na África. Mas foram enriquecendo, munidos de armas de primeira linha, montados em picapes de última geração, com laptops caríssimos na mão, morando em casas de luxo que contrastam com a pobreza local, revitalizando o comércio de roupas e artigos eletrônicos. Fizeram crescer uma infra-estrutura voltada para o saque a navios estrangeiros. O princípio mudou para só se morre uma vez nesta vida, quando tiveram que aplicar parte da fortuna afanada e adquiriram o status de empreendimento.
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