O pai canalha que não hesitou em consumar seu sonho de morrer voando, levando sua filha de 5 anos de co-piloto. Na direção de um monomotor seqüestrado, no ato final de uma tragédia, para se chocar contra um shopping, se não fora uma abençoada árvore poupar centenas de vidas. Voara apenas em simuladores e não tinha brevê, mas sobrava-lhe mania de grandeza. Antes, deu rasantes em Goiânia, arremeteu sobre o aeroporto, próximo a um Airbus aterrissando, ameaçou bater na torre de controle ou se espatifar de encontro a um hospital de urgências. Assustou freqüentadores de um parque de diversões e destruiu 23 carros. O segundo ato foi o sórdido agredindo sua mulher com um extintor de incêndio e jogando-a na estrada na direção de um carro em alta velocidade. O primeiro ato ocorreu dias atrás, quando estupra uma menina de 13 anos, a caminho da escola a pé, porque não tinha dinheiro para a passagem de ônibus. Para piorar, ainda usou sua filha como refém, no caso de a FAB pensar em abatê-lo e impedi-lo do desfecho apoteótico, com que emporcalhou a despedida de sua existência.