O que dizer da flor quando desabrocha?
Da morena cabrocha?
Do nascer do sol laranja e do pôr do sol lilás?
Desses instantes efêmeros que nos preenchem de paz?
Como poetisar o amor incondicional de uma mãe
Na hora do parto?
E o prazer inenarrável do contato de peles
Na hora “H” ?
Como traduzir em poesia o amor que ele me dá?
Como? Como? Como?
Isso não é um assombro?
Poesia não é o “como”,
Nem o “quando”, nem o “porquê”.
Poesia é o “fazer”, o verbo,
O ato, a coisa em si.
Então, quando você disser daí
Que adora ler o que digo aqui,
Ou o que tanta gente boa está a escrever,
Desculpa, mas vou ter que retrucar:
A verdadeira poesia
Está no olhar.
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