Dez anos se passaram desde que Abraão deixara sua esposa e bebê aos cuidados de Deus. A alegria do reencontro com a pequena família logo foi interrompida por uma visão que seria o teste supremo de sua fé. Deus comandou, através de um sonho, que Abraão sacrificasse seu filho. Ainda por cima, o filho que veio ao mundo depois de anos a fio de orações. Justamente o filho que acabou de reencontrar transcorrida uma década de separação.
Abraão levou seu filho ao lugar estipulado para o sacrifício e o deitou com o rosto para baixo. Neste instante, o Anjo do Senhor impediu que ele prosseguisse na oferenda, bradando-lhe do Céu que não sangrasse o filho, pois já dera suficiente prova do seu temor a Deus. O temor que o torna mais humilde, embora, à primeira vista, venha para incutir medo.
De fato, seria o maior de todos os testes Abraão sacrificar seu único filho, que nasceu somente depois de ele ter alcançado uma idade avançada, quando supostamente não mais apto a procriar, após anos de espera ansiando por uma descendência.
Dessa forma, Abraão demonstrou sua disposição de abrir mão de tudo o que tinha de mais sagrado em nome de Deus, conseguindo provar sua fé. Era o que Deus esperava.
É uma parábola, que não deve ser levada ao pé da letra, a fim de que você deixe de lado o culto excessivo à razão absoluta despida de qualquer transcendência, mesmo porque isso não o conforta espiritualmente, e abrir seus olhos, seu coração e seu espírito para que a revelação se instale em si. Seria algo menos chão-chão, de modo a insuflá-lo com a fé própria que vence depressões e desesperanças, demovendo-o de hábitos e costumes que se acostumou a gostar e a se acomodar, comumente denominados de falta de horizonte.