Terrível quando recai sobre nossas cabeças a ira das forças ocultas do destino ou os temíveis desígnios de Deus, quando, estarrecidos, vimos Eduardo Campos ser arrancado violentamente de nosso meio com 49 anos (novo para política), deixando mulher e 5 filhos (o último nasceu em janeiro desse ano com síndrome de Down). O que só agrava as sequelas do acidente aéreo que o vitimou, mesmo porque também repercute na disputa eleitoral para eleger o presidente da República. O que deve ser observado nessa tragédia que ceifou a vida de Eduardo Campos a menos de 2 meses das eleições, é constatar a absoluta pobreza de lideranças políticas promissoras no Brasil – foi governador de Pernambuco por duas vezes com mais de 80% de aprovação e ministro do governo Lula. A morte do neto de Miguel Arraes tornou pior esse cenário, por mais que seu discurso de campanha ainda não fosse muito claro, sujeito a ajustes conforme o curso da propaganda política na TV e dos debates. O que chama a atenção é o desaparecimento de pessoas no auge de sua trajetória gerar inconformismo e incompreensão com o porquê de lhes ser tirado o direito de interferir nos destinos de sua pátria ou transformar-se numa referência para uma coletividade carente de valores morais. Não deve ser fácil sair da vida para entrar em outra, querendo voltar atrás e retroceder no seu tempo, justamente no mesmo dia funesto (13 de agosto) em que seu avô Miguel Arraes morreu.
Deixe um comentário