A sinopse: ela descobre, aos 43 anos, que está seriamente doente, e decide procurar o filho que foi forçada a abandonar no parto, quando tinha 15 anos. Sua busca vai fazê-la cruzar com um quinquagenário em pleno esgotamento mental e com um arquivista cego, de um entusiasmo impressionante. Juntos, eles embarcam em uma missão tão espetacular quanto improvável. “Adeus, Idiotas” foi o grande vencedor do César (Oscar do cinema francês) em 2021, premiando Albert Dupontel com os títulos de melhor filme, diretor e roteiro original, além de melhor ator coadjuvante, fotografia e direção de arte. Dupontel era humorista de show solo e ator, tendo se tornado roteirista e diretor, anteriormente abiscoitando vários prêmios César nas categorias de roteiro original e adaptado, diretor e melhor filme, por seus trabalhos em “Uma juíza sem juízo” (aqui ainda não exibido) e “Nos vemos no paraíso”. Especialista em comédias insanas, eu diria ironia, especialmente quando se vale para avacalhar tecnologia. O ritmo de “Adeus, idiotas” jamais cai após a excelente sequência de abertura. Como convém ao humor do absurdo, Dupontel concebe um universo de pessoas comuns cercadas por um mosaico de pirados. O mundo é que se encontra fora do lugar, ao invés dos pobres protagonistas que tentam se adequar às adversidades. Buscando aliviar temas indigestos com arte e humor, pinta histórias em tintas fantásticas. É um prazer se deparar com humor de tamanha inteligência. Um excelente contador de histórias. Não é uma comédia com a ambição de perseguir uma certa lógica e sim de jogar com a possibilidade do cinema iludir e se fazer de mágico.
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