Aécio Neves acusou o governo Lula de apenas administrar a pobreza nos últimos anos, sem se preocupar com o desenvolvimento. Se houve algo de positivo na gestão petista, foi copiado dos tucanos, reduzindo-a a um software aplicado no Brasil, no qual o original pertence ao PSDB. Para Aécio, diminuir a miséria e promover uma mobilidade social nunca antes vista é como se fosse tocar o mesmo barco de sempre, burocraticamente. Ele viu um tsunami mas negou a onda que juntou o povo mineiro no voto em aprovação a Dilma e Aécio. Para o neto de Tancredo, os programas sociais terem evitado a crise na qual o Primeiro Mundo mergulhou é como associar administrar a pobreza a tanger o povo como rebanho. Fazendo uma leitura equivocada da trajetória de seu avô e padrinho político, em vista de ele ter sido ministro do Trabalho de Getúlio Vargas e primeiro-ministro de Jango Goulart. Revelando-se um filho ingrato de fatos políticos que entraram para a História do Brasil para dignificá-la e que, nem por isso, fizeram sua cabeça. Prefere se apegar a uma noção de desenvolvimentismo sinalizando que irá pegar uma carona em JK, mas também baseada em gestão de padrões empresariais e privatistas, ao enaltecer o legado de FHC tão renegado pelo Serra em suas campanhas. É bom refrescar a memória de Aécio: o crescimento econômico na era FHC foi pífio, sujeito à recessão originada na responsabilidade fiscal e no combate aos gastos públicos. Seria o caso de Aécio ter pouco aprendido de anos a fio estudando o software do trabalhismo com grandes professores e nada incorporar ao seu perfil, optando por administrar sem discriminar pobres de ricos e, portanto, sem priorizar a correção de injustiças sociais como lema e norma de conduta.